10/12/2007

14. Analisando um vinho

Não tenho técnica. Sigo instintos. E provo muito. Isso basta. Ainda assim, criei um roteiro para as degustações de que participo. É uma coisa bem simples (então, muita gente deve fazer o mesmo há muito mais tempo que eu -- se for o caso, sinta-se homenageado, não tenho a pretensão de inventar a roda aqui).

BRANCO & TINTO
(antes, por favor, leia o post abaixo, o 13).

1) Análise Visual, que divido em duas:
a. Cor (imagine uma escala do palha ao amarelo ouro, para os brancos, ou do vermelho ao rubi, do grená ao marrom, para os tintos). b. Transparência (menos turvo e mais límpido, melhor)
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2) Análise Olfativa
Não tenho capacidade olfativa além de medíocre. Entre os brancos, em vez de buscar aromas específicos, tento apenas distinguir se o vinho provado lembra algo mais frutado ou algo mais mineral. Essa é a grande divisão. Em alguns casos, há um surpreendente equilíbrio. Ou, em outros casos, o vinho parece frutado no aroma, mas é mineral na boca. Imagine uma escala de 0 a 10 em que 0 é mineral e 10 é fruta e 5 é o ponto de equilíbrio. Em que casa está o branco que você toma? Se entre os brancos divido em fruta e mineral, para os tintos acrescento duas categorias: aromas animais (vale carne, vale couro) e madeiras/especiarias. Eles podem estar sozinhos ou combinados. Há muito mais aromas tanto para brancos quanto para tintos, claro, mas com esses você já estará bem servido.
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3) Análise de Boca (e Aromática), que divido em três:
a. Contato: o vinho "chega" seco à boca? Ou chega áspero? Suave? Tânico? b. Permanência: quanto tempo ele "fica" em sua boca. Quanto mais, melhor. c. Aroma: o gosto frutado se confirmou ou o sabor parece mais mineral? Se for tinto, está mais para uma carne de caça ou para um gostinho de canela?
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ROSÉ
Só tomo vinho rosé quando é inevitável e soaria deselegante não fazê-lo.

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