01/07/2008

46. Nieto Senetiner

Foi aberta na noite de segunda-feira (30.6.2008), em São Paulo, a Casa Nieto Senetiner. Será um espaço de degustação, cursos, eventos, enfim, de divulgação da marca argentina. Nieto Senetiner é como o futebol de seu país: tem muita classe e muito espírito de luta. O que mais admiro nessa vinícola (cujos vinhos são distribuídos no Brasil pela Casa Flora e pela Porto a Porto) é a dedicação e o compromisso com a qualidade. Mais: dedicação e compromisso destinados a gama toda de vinhos, não apenas aos tops. Você pode provar um cabernet da linha Benjamin (a mais básica), de 12 reais, e ter a certeza de que se trata de um exemplar dos melhores em sua faixa de preço. Um ponto acima vem a linha chamada Nieto Senetiner -- na casa dos 20 reais na importadora, e você leva para casa um reserva. Ou pode escolher um da linha Cadus, o premium da grife, e saber que investiu cerca de 180 reais por um exemplar realmente diferenciado.
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Por trás desses vinhos está o enólogo Roberto Gonzáles. Quando chegou à Nieto Senetiner, em 1991, a vinícola tinha uma seleção de cinco vinhos (4 tintos e 1 espumante), todos bem básicos. Hoje, Gonzáles é o mestre de um portfólio de 24 rótulos (2 espumantes, 3 brancos e 19 tintos).
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Até os anos 80, a Argentina tinha um consumo per capita anual de impressionantes quase 70 litros. Agora, são 28 litros de vinho por habitante/ano. Mas, ao contrário do que acontecia em décadas passadas, em que o consumo era quase todo de vinho "barato" (como sinônimo de vinho vagabundo), hoje nossos vizinhos entornam qualidade.
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"Vinho é antes de tudo conhecimento, técnica.
É arte, mas é também artesanato"
Roberto Gonzáles, enólogo da Nieto Senetiner

Linhas Nieto Senetiner
Espumantes 2 (um brut e um extra brut) - Benjamin 4 tintos (cabernet, malbec, syrah e tempranillo) 1 branco (chardonnay) - Nieto Senetiner (tintos que passam 12 meses por madeira -- o chardonnay passa 3 meses) 6 tintos (bonarda, cabernet, malbec, malbec DOC, merlot e syrah) 1 branco (chardonnay) - Don Nicanor (18 meses de madeira para os tintos) 4 tintos (blend-assemblage de cabernet-malbec-merlot, cabernet, malbec e syrah) 1 branco (chardonnay-viognier) - Bonarda (18 meses de barrica) 1 tinto (bonarda) - Occasionale (24 meses de barrica) 1 tinto (ancelotta-bonarda-syrah) - Cadus (24 meses de barrica, vinhos com potencial de guarda de 10 anos) 3 tintos (cabernet, malbec e syrah)

2 comentários:

Anônimo disse...

Gosto muito do teu blog e com freqüência passo por aqui para ver se tem "algo novo". Não é um comentário com muito conteúdo, até porque sou do Sul e desconheço os restaurantes que tu citas, mas um comentário do tipo "continue postando sempre que possível: tem gente que lê e, principalmente, gosta"

PS: Concordo plenamente com sua opinião sobre as churrascarias :)

Anônimo disse...

caro
pela demora na resposta, já fica a confissão de que não trato o blog com a periodicidade merecida. agradeço seu e-mail generoso -- mande-me dicas de lugares aí de que vc gosta. Conheci uns bons lugares (sanduíche voador, um no mercado público que é bem antigo, chez philippe, mas sinto falta de conhecer aquele boteco especial, aquele restaurante mais simples e típico. forte abraço e, mais uma vez, obrigado.