03/05/2009

62. Porto Alegre - Orquestra de Panelas

Há algum tempo visito Porto Alegre com a Signora P. Relevo certo provincianismo, que os próprios locais (pelo menos os mais esclarecidos) reconhecem. Não sei se relevo ou compartilho, porque, legítimo andreense, sou deveras bairrista, num ponto que ainda acredito que o pastel de garoupa do Garoupa, lá na Figueiras, em Santo André, é o melhor petisco de boteco do Brasil. E como não há boteco fora do Brasil, o melhor do mundo! Bem, voltando a poa, eu e Signora P estivemos por lá final de semana desses. No sábado, almoçamos no Orquestra de Panelas.
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Ambiente. Eu amo casas antigas. O sobradão na mais famosa rua do Moinhos de Vento (a Padre Chagas, 196) tem pelo meno oito décadas. Você chega, sobe a escadazinha e toca a campainha. É sensacional precisar tocar a campainha e ser recebido à porta. A decoração é limpa, e ao mesmo tempo traz reminiscências que o fazem passar um tanto pensando "quem morou ali", "como era a rotina daquela casa". Uma saudosa viagem arquitetônica. 8.5/10.0
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Atendimento. Atencioso, educado e quase sempre atento. Entre outros pequenos deslizes, por vezes eu mesmo me servi do vinho. Não me incomodo, faço isso até bastante bem, acredito. 7.5/10.0
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Cozinha. Se aqui é que conta, a casa passou com louvor. Fui de pato bordô. Com repolho e muito suculento. Todos sabem que errar no ponto do pato é mico certo. E um tantinho a mais é receita certa para deixar a carne ressecada. O repolho roxo acompanhou à perfeição. Signora P foi de bacalhau. Saboroso também, mas um tanto de sal a mais, e isso compromete qualquer bacalhau. Ainda assim, honroso 21.0/30.0.
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Final, 37.0/50.0 Média = 7.4

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